De tranquilo a irrequieto - Gasóleo e Cia.

A importância das gasolineiras não está aqui posta em causa. Um belo passeio de carro ou o luxo de o levar todos os dias para o trabalho seria impossível sem alguém que fornecesse esse líquido mágico que faz com que os nossos veículos se movam. Ao longo do último ano apreciei a evolução dos preços. Rápidos, muito rápidos a subir quando na véspera as notícias propagam um aumento no Brent, como se as reservas petrolíferas da Galp tivessem sido negociadas no próprio dia. Já sabíamos que o objectivo era colocar o preço do gasóleo acima de €1, por isso perante as consecutivas descidas do Brent, a Galp (insisto na Galp porque é nossa) deparamo-nos com uma timidez inusitada e verdadeiramente irritante na hora de baixar o preço.
A peça de teatro tem como participantes outros actores. BP e Repsol disputam o mercado com políticas de preço arrasadoras, com diferenças de preço para com a Galp na ordem dos €0,002. Para que ninguém fique chateado, a companhia mais barata vai alternando de semana para semana ou de quinzena em quinzena.
O enredo é merecedor de Óscar. Se bem se lembram, quando todas as previsões apontavam para uma descida do preço dos combustíveis através da liberalização do mercado, eis que num ápice os preços dispararam. Sim, nesta altura o leitor, eventualmente possuidor de automóvel a gasóleo, abastecia a um preço de 73 cêntimos o litro.
E, ai nostalgia, não é que há uns anitos enchia o depósito com cinco contos!!!