Cavaco Silva, o nosso insuspeito
presidente, sem nada comentar, sem nada
dizer, sem ninguém inspirar, construiu uma auréola de intocável,
mostrando-se o próprio indignado com qualquer tipo de esclarecimento que se
procurasse fazer relativamente às suas ligações ao famigerado BPN que, para quem anda distraído, foi vendido ao Banco Internacional de Negócios sob os bons ofícios de Mira Amaral.
Uma vez mais salientar ao leitor mais distraído que
não é por estarmos a agir dentro da lei, elaborada muitas vezes de forma deliberada insípida, imperfeita e insuficiente agimos de forma correcta, justa, imparcial, em suma, leal e transparente.
Bem sabemos que as atenções estão deveras desviadas dos benefícios directos, concretos e comprovados de ocorridos e direccionados ao cidadão Cavaco Silva. Mas pergunto, por isso mesmo, a troco de quê? Mais preocupante é o sintoma de pelo sufrágio ter havido milhões de pessoas que acabaram por "absolver" uma situação altamente lesiva para os seus interesses e para o salutar estado de saúde da democracia, com a conivência frenética dos meios de comunicação social que volvidos meses, e nem
mais uma palavra dedicou ao assunto.
Graças a esta absolvição, Portugal assistiu a um presidente que denotou desde então, rancor, deslealdade, desinteresse, desconsideração e cinismo. Desde que se mantenha discreto, sabe ele, nada demais, pois de brandos costumes somos feitos.
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