quarta-feira, fevereiro 13, 2013
Jogo
Para já, assinalamos:
- o arregaçar de mangas do PSD/Madeira para esta que será a sua batalha mais difícil, pois a água suja estará prestes a ser lavada...
- A vertigem de algumas das oposições que confiam numa mágica transferência de votos por não terem sido poder e desse modo estarem a salvo do clima de crispação de teor anti-político que, justamente, é vivido em Portugal.
Promoveremos os esforços, todavia, que não confiram à população o mero uso de uma palavra, mas de um grito amplo de afirmação e convicção na efectiva mudança.
Nós, os Ricos.
Nós, os ricos, parte de um partido que abunda em dinheiro apesar da crescente atrofia financeira da qual o seu próprio Governo padece e reclama.
Nós os ricos, parte de um Governo que continua sem rumo, mas a acumular t..empo.
Nós os ricos, tão ricos, que até do PSD/Nacional reclamamos, para inglês, digo eles verem.
Sim, para os grandes políticos do Laranjal madeirense, tudo está, como sempre esteve mal. Mas pelo menos, graças a eles, continuamos ricos.
quinta-feira, julho 26, 2012
Olho de lince!
Em entrevista concedida ao Correio da Manhã em Dezembro de 2011, o PM augurava um crescimento já para 2013.
Em Março, o PM anteviu uma estagnação em 2013 ao invés (espanto geral!!!) de um ligeiro crescimento, corrigindo em três meses a sua visão fruto de uma grande competência e astúcia.
O Boletim de Verão do Banco de Portugal confirma o cenário de crescimento zero, o que novamente indicia uma boa coordenação entre o Executivo e o regulador. Ora, a igualmente respeitável OCDE vem todavia mostrar um cenário mais sombrio: 2013 apresentará uma queda de 0,9%.
A questão fulcral não é a aritmética das previsões económicas. Os dados chave e os acontecimentos estão traçados pelo menos desde o ano de 2010 e só quem não quer é que não os vê...
A União Europeia estava já em grave crise; a dívida pública portuguesa era uma ameaça à estabilidade europeia, mas ficava abaixo dos efeitos nefastos de economias como Itália, Bélgica, Espanha e Reino Unido. Antevia-se na altura uma forte pressão sobre Espanha e Itália. Seguir-se-ia a França e aí todo o Euro estaria com os dias contados.
Os americanos desde há muito tempo vêm afirmando a necessidade da Europa tomar as medidas necessárias à boa resolução da crise. Não as explicitaram, todavia, mas imaginamos que terá que haver um reforço da coesão fiscal e financeira de toda a zona Euro, facto que muitos governos repudiam negando, desta forma, os princípios da fundação da Comunidade Económica Europeia.
Estas premissas continuam válidas, ainda que a sucessão de acontecimentos está a ser ritmada de forma mais lenta do que o previsto, motivada talvez pelo factor Hollande que diminuiu o eixo franco-alemão que minou a imagem da coesão política da Europa, distinguida agora em função da saúde das finanças públicas das partes, ainda que incrivelmente subsista uma moeda comum para todas estes paradigmas financeiros.
Como o leitor facilmente depreende, as declarações do nosso atual Primeiro-Ministro enquadram-se num microcosmos absolutamente irrisório, produzido em função do xadrez da legitimidade de uma lógica de interesses que roça o autismo, na ingenuidade ou no cinismo. Cremos cada vez mais, ainda que a contragosto, neste último: apostamos, amargamente, em um 2013 que ficará na história como um péssimo ano para Portugal, que caminha diariamente para um paradigma de maior pobreza e exclusão social; um Estado dito neoliberal procurará cada vez com maior afinco demonstrar à sociedade a sua autoridade, que lamentavelmente será imposta e não conquistada, pois o desprezo pela ética e o menosprezo pelo bom exemplo constituem indícios inequívocos da conquista de poder por parte de uma (nova) oligarquia de indivíduos que se dizem legitimados pela democracia.
quarta-feira, julho 25, 2012
O desafino do cisne II
Em toda e qualquer vez em se finge ofendido com as medidas preconizadas no PAF, deverá o leitor recordar-se que a dívida da Madeira declarada e escondida não foi sujeita a qualquer escrutínio legal, financeiro, político ou orçamental.
Deverá o leitor questionar-se:
- Algum membro do Governo Regional se importou com o garrote financeiro sentido pelas famílias e empresas, nos momentos em que se sentiram a subida de impostos?
- Algum membro do Governo impediu a redução salarial dos funcionários da administração pública regional?
- Algum membro do Governo se bateu pela redução da dívida pública regional?
- Alguém acredita que as verbas disponibilizadas pelo Governo da República foram sempre aplicadas de acordo com os princípios democráticos?
- Há algum gestor digno desse nome que se assuma como responsável pelo descalabro financeiro da Região?
E por fim, deverá o leitora verificar o quão semelhante o discurso do Presidente do Governo Regional se tornou em comparação com o...Bloco de Esquerda nacional.
O desafino do cisne
terça-feira, abril 24, 2012
D'ouro ou dourado?
Dor de cotovelo
Dolce fare niente, Cavaco
sexta-feira, setembro 30, 2011
O povo vai deixar de gostar de ser enganado
domingo, setembro 18, 2011
A traição terá resposta
O futuro da Madeira está incerto e com poucos sinais de vida. Em contraciclo, nota-se o empenho do Presidente do Governo Regional em salvar o seu, ainda que para tal caia no ridículo, na contradição e na desonestidade. Mas o futuro das pessoas normais, aquelas que têm famílias e trabalho, e ainda aquelas que têm famílias e não têm trabalho, enfim, aquelas que sabem, afinal, que não podem gastar mais que aquilo que ganham, e que têm aceite que lhes cortem os rendimentos a troco de ajudar à resolução de um problema nacional, esperemos nós, que suportem a dor de uma traição cuja resposta só pode ser a de mandar o homem para um sítio.
E quanto ao futuro?
Onde estão as ideias, os projectos e as soluções para a situação presente e futura por parte do PGR? Os périplos do líder do PSD/Madeira, está visto, servem apenas para recolher méritos do passado, mas é preciso que se diga basta: as eleições são uma escolha para o futuro, e não a visita ao passado de há 30 anos. Apesar do entusiasmo que uma visita ao álbum de memórias causa, é preciso que se diga que águas passadas não movem moinhos, e que as riquezas que alimentaram algumas bocas privilegiadas estão fora da conjuntura actual.
Negar-se à reflexão sobre a situação actual é incentivar à abstenção de uma população que sente que o PGR é o principal responsável pela crise da dívida pública da Madeira, a qual foi criada de forma irresponsável, pois atingirá não só esta, como a próxima geração.
Como poderão votar os pais dos filhos que já nascem hipotecados? Como poderão votar no PGR que finge-se alheado dessa responsabilidade? Como poderão votar no homem que chama para si todo o mérito da evolução decorrida na Madeira, nunca mencionando o esforço dos contribuintes madeirenses, nem agradecendo os fundos comunitários e nacionais que caíram na Região como em nenhum outro período da História?
terça-feira, setembro 06, 2011
Humor madeirense
Caso o prezado internauta se queira deliciar, nada melhor que consultar o Jornal da Madeira de 06/09/2011. Não...não há artigos do ministro da informação do Iraque. Mas, como não ficar estarrecido com o humor do Presidente do Governo Regional que desta vez ataca os boys, como se na Madeira não se soubesse da densidade populacional de boys por metro quadrado?
O caro internauta que não fique admirado se se disser que a densidade populacional de boys por metro quadrado, dá à Madeira larguíssima vantagem sobre o Continente.
Mas ler da mão do Presidente do Governo Regional a definição de boy é de morte! É digno de uma comédia negra da qual os madeirenses infelizmente figuram. E o que dizer das indecisões o Presidente do Governo Regional. Tanto parece criticar, como de repente já parece ser um confesso admirador da artimanha. Afinal, no seu dizer, todos os partidos o praticam, mas não se percebe se todos os partidos, inclui também os tristes que nunca estiveram no Governo Regional.
Mas o humor mordaz do Presidente do Governo Regional não se fica por aqui. Ao contrário do que possa pensar, é dito directamente que há uma honrosa excepção na política de boys, e não é que do próprio Primeiro-Ministro se trata?
Se a demonstração de vontade se faz pela palavra, estamos falados, pois a acção foi outra.
O Governo de Pedro Passos Coelho vem portanto lançar uma verdadeira pedrada no charco dominado pelos socialistas, a quem nota-se uma pontinha de inveja por parte do Presidente do Governo Regional:
"E em que, tendo todos os Partidos culpas no cartório, o campeoníssimo deste mau hábito foi sempre o Partido Socialista, ao qual temos de reconhecer que “não brinca em serviço” quando se trata de assaltar, dominar e ocupar a comunicação social, bem como de assaltar e ocupar o aparelho de Estado."
Ora bem, aqui confessamos a mestria do Presidente do Governo Regional. Mesmo não sendo do PS, colocou as peças no tabuleiro. Desafia-se alguém que vasculhe todos os cargos públicos, inclusive o de chefe dos bombeiros, presidente da casa do povo, presidente do clube desportivo, director da banda de música e encontre alguém que não seja da esfera laranja.
O santo

Para quem não conhece, a fotografia é de Ventura Garcês, o Secretário Regional do Plano e Finanças que ficará na história da Madeira por ser o responsável pelo buraco de 500 milhões de Euros das contas públicas da Região. Para que conste, confirma-se que o título do Jornal da Madeira “Não há buraco” está feito à medida do leitor de títulos de jornal e não para quem lê e percebe a notícia no seu todo. É que apesar de não parecer, o corpo da notícia apenas dá conta dos pormenores que causou o buraco. Prova de que afinal, o Jornal da Madeira até poderia merecer o epíteto de jornal católico. Mas visto que o pecador nem sabendo do alcance dos seus pecados, e teimando em não se dar por arrependido, nem havendo notícias de penitência conclui-se da isenção e rigor da linha editorial.