Quando ninguém esperava, eis que caiu a máscara: a do rigor e austeridade do Secretário Regional do Plano e Finanças…e até a máscara da habilidade política do próprio Presidente do Governo Regional foi ao chão! É caso para se dizer o rei vai nu! O motivo é já conhecido, e até os madeirenses pareceram despertar da anestesia. Deixou de ser o boato, a falinha mansa da oposição ou a intriga interna. Foi a própria Comissão Europeia que destapou o véu e descobriu um calote de 500 Milhões de Euros nas contas públicas da Madeira.
Para sermos honestos, não foi nada de novo... Tal como a peneira tapa o Sol, tentaram-se manobras, uma das quais também seguida no continente: a da afectação do ISP à agora visada Estradas da Madeira. Outras manobras de engenharia financeira foram seguidas, mas de há uns tempos a esta parte começaram a haver lamentos...mas isto com sorte, com sorte passa até às eleições. Mais que contribuintes, eles são eleitores!
Isto talvez funcione: não há cultura de prestação de contas; o povo está interessado em ter estradas para circular e não em saber da situação financeira da RAMEDM. Uma nova estrada faz sempre furor. E quanto ao cobrimento das despesas, logo se vê.
Vão às malvas os princípios da boa gestão. Sobejam irresponsabilidade, conivência e incompetência. Transparência? Para quê?
A despreocupação dos altos cargos políticos regionais cedeu por fim, a um sentimento não de preocupação alheia, própria da gestão pública, mas da manutenção de uma fachada... uma fachada que devolva a imagem real da segunda região mais rica do país, em PIB per capita.
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